Número de consumidores inscritos no
SPC no fim do ano passado caiu 69% na comparação com o mesmo período de 2018
O número
de consumidores que tiveram o nome incluído no cadastro do Serviço de Proteção
ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Bauru nos dois
últimos meses do ano passado caiu 69% na comparação com o mesmo período de
2018. O resultado, aliado a outras estatísticas apresentadas pela entidade, se
alinha aos balanços positivos divulgados pelo comércio sobre as vendas do
último Natal.
Conforme
a projeção inicial, as cerca de 800 lojas associadas da CDL registraram alta de
7% no faturamento neste fim de ano. E, segundo o consultor jurídico da
entidade, Elion Pontechelle Junior, o volume significativamente menor de
consumidores com o nome negativado é resultado deste momento, de melhora na
economia e maior segurança quanto à manutenção dos empregos. Em novembro e
dezembro de 2019, foram inscritos 3.050 consumidores no SPC. O número equivale
a menos de um terço do total registrado no mesmo período de 2018, de 9.820
nomes. Para se ter ideia, enquanto, nos dois últimos meses do ano passado, a
média foi de 2,1 pessoas negativadas por hora, em 2018, o índice foi de 6,7.
"Creio
que o resultado também reflita a maior conscientização dos consumidores, que
aprenderam a ter maior controle sobre os gastos", frisa o consultor. Outro
dado positivo foi o aumento do número de bauruenses que limparam o nome junto
ao comércio.
TERMÔMETRO
Em
novembro e dezembro do ano passado, foram retirados 2.205 nomes do cadastro da
CDL, 48% a mais do que as 1.490 exclusões do mesmo período de 2018. "Isso
é um bom sinal para o comércio, porque é um número maior de pessoas voltando a
ser consumidores em potencial para compras a crédito", detalha,
acrescentando como um dos fatores principais para a alta o fato de muitos
bauruenses terem recebido valores do FGTS.
Pontechelle
Junior também destaca as 51.286 consultas feitas pelos comerciantes ao cadastro
do SPC, entre novembro e dezembro, com o objetivo de evitar fraudes e saber se
os consumidores estão aptos a tomar crédito. O número é 38% superior ao
registrado nos dois últimos meses de 2018.
"Isso
é um termômetro que comprova maior movimentação de clientes dentro das
lojas", aponta. Também foi resultado positivo para o comércio neste fim de
ano a redução, em torno de 10%, do valor médio devido por cada consumidor com
nome inscrito no SPC. O valor, em dezembro de 2019, era de R$
1.240,72.
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